Indefinição de candidatos autárquicos "é uma loucura"

Na Festa do Pontal, em Quarteira, o antigo ministro Nuno Morais Sarmento culpa as leis aprovadas na Assembleia da República pela situação atual de indefinição em torno de candidatos às eleições autárquicas. E deixa avisos a Passos Coelho.
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O antigo ministro da Presidência e agora comentador Nuno Morais Sarmento, em declarações ao DN nesta sexta-feira durante o jantar da Festa do Pontal, iniciativa do PSD, no Calçadão de Quarteira, classificou como "uma loucura e uma originalidade infeliz do sistema político português" a indefinição em torno da aprovação por parte de tribunais de candidatos de vários partidos às eleições autárquicas que se realizam no dia 29 de Setembro de 2013.

"Esta indefinição é uma loucura e mais uma das originalidades portuguesas. Não faz nenhum sentido qualquer que seja a razão a pouco mais de quatro semanas das eleições autárquicas não sabermos ainda quem são ainda em definitivo os candidatos", disse Morais Sarmento.

Questionado sobre quem é, afinal, o culpado pela situação que se verifica no país causada pela lei de limitação dos mandatos - se o poder político ou os tribunais - o antigo ministro social-democrata considerou que não é nem de uma parte nem de outra. "Porventura não é da política nem do sistema judicial. É das leis que temos e estas foram aprovadas pela Assembleia da República por maioria alargada dos deputados", observou Nuno Morais Sarmento. E nesse sentido aproveitou para deixar mais um recado: "Merecia reflexão neste momento as confusões em que por vezes nos encontramos por não darmos atenção suficiente aquando da elaboração das leis. Depois, colocamos o país e os portugueses como agora se verifica".

Por outro lado, numa altura em que surgem sinais positivos sobre a recuperação da economia portuguesa, Nuno Morais Sarmento foi perentório ao afirmar que "não há nenhum motivo para nenhuma euforia". Mesmo assim, notou: "Se quando temos más notícias, elas têm o eco que têm, também é bom para nós todos quando temos boas notícias não sejamos os primeiros a enterrá-las na areia".

E lançou um aviso ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho: "Que se mantenha firme, que mantenha um rumo e que não o altere por causa destes sinais. Mas que saiba cada vez mais ouvir e envolver partidos, associações e principalmente os portugueses"

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